Terapia Ocupacional e Seletividade Alimentar: 5 Formas de Ajudar Crianças

Seletividade alimentar.

A seletividade alimentar é um desafio comum entre crianças, especialmente aquelas com transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse comportamento alimentar restritivo pode impactar diretamente a nutrição, o crescimento e o desenvolvimento infantil. A Terapia Ocupacional (TO) desempenha um papel essencial no tratamento da seletividade alimentar, ajudando a criança a expandir sua aceitação de alimentos e promovendo uma alimentação mais equilibrada.

O que é a Seletividade Alimentar?

A seletividade alimentar ocorre quando a criança recusa certos alimentos, aceita um número limitado de opções e pode apresentar reações intensas ao ser exposta a novas comidas. Esse comportamento pode estar relacionado a questões sensoriais, emocionais e comportamentais, tornando as refeições um momento desafiador para a família.

Como a Terapia Ocupacional Pode Ajudar?

A Terapia Ocupacional trabalha de forma multidisciplinar para abordar as causas da seletividade alimentar. A seguir, veja algumas formas como a TO auxilia:

1. Integração Sensorial

Crianças seletivas muitas vezes apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade a texturas, cheiros e sabores. A Terapia Ocupacional utiliza estratégias de integração sensorial para ajudar a criança a tolerar diferentes estímulos e reduzir reações adversas a novos alimentos. Saiba mais sobre a integração sensorial neste artigo.

2. Exposição Gradual aos Alimentos

O terapeuta ocupacional pode planejar uma introdução progressiva de novos alimentos, respeitando o tempo da criança. Esse processo pode envolver brincadeiras com a comida, como tocar, cheirar e explorar texturas antes de comer.

3. Técnicas de Regulação Emocional

Muitas crianças com seletividade alimentar experimentam ansiedade e resistência na hora das refeições. A TO ensina estratégias de autorregulação emocional, como técnicas de respiração e relaxamento, para tornar a experiência alimentar mais positiva.

4. Treinamento de Habilidades Motoras Orais

Algumas crianças podem ter dificuldades na mastigação e deglutição. A Terapia Ocupacional, em parceria com a fonoaudiologia, pode auxiliar no desenvolvimento dessas habilidades, facilitando a aceitação de diferentes texturas de alimentos.

5. Criação de Rotinas Alimentares

A previsibilidade ajuda a criança a se sentir mais segura durante as refeições. O terapeuta pode sugerir estratégias para organizar o ambiente, como manter horários fixos, evitar distrações e criar um ambiente tranquilo para comer. Temos dicas sobre nutrição aqui.

Dicas para Famílias

  • Seja paciente: A mudança ocorre de forma gradual.
  • Evite pressão: Forçar a criança a comer pode piorar a recusa alimentar.
  • Dê exemplo: Crianças tendem a imitar o comportamento alimentar dos pais.
  • Inclua a criança no preparo das refeições: Isso pode aumentar o interesse pelos alimentos.
  • Consulte um profissional: Um terapeuta ocupacional especializado pode desenvolver um plano personalizado para cada criança.

Sessão de Perguntas e Respostas (Q&A)

1. Como saber se meu filho tem seletividade alimentar?

Se seu filho recusa constantemente certos alimentos, aceita apenas um grupo limitado de opções e apresenta reações extremas ao experimentar novas comidas, ele pode ter seletividade alimentar. Um profissional pode avaliar melhor a situação.

2. A seletividade alimentar tem cura?

Não há uma “cura”, mas é possível melhorar significativamente a variedade de alimentos aceitos com estratégias adequadas e acompanhamento profissional.

3. Quanto tempo leva para ver melhorias na aceitação alimentar?

O tempo varia de acordo com cada criança. Depende da qualidade e quantidade de alimento na companhia de pais,avós e profissionais. É possível melhorar a variedade de alimentos provados e aceitos com estratégias adequadas. O importante é respeitar o ritmo da criança.

4. Quais são os sinais de alerta para buscar ajuda profissional?

Se a seletividade alimentar está afetando o crescimento, a nutrição ou causando grande estresse durante as refeições, é essencial procurar um terapeuta ocupacional ou outro profissional especializado.

5. A Terapia Ocupacional substitui o acompanhamento com nutricionista?

Não. A TO atua junto a outros profissionais, como nutricionistas e fonoaudiólogos, para oferecer um suporte completo à criança e sua família.

Conclusão

A Terapia Ocupacional é uma aliada fundamental no tratamento da seletividade alimentar, ajudando crianças a superar dificuldades sensoriais e emocionais relacionadas à alimentação. Com estratégias adequadas e acompanhamento profissional, é possível promover uma alimentação mais equilibrada e melhorar a qualidade de vida da criança e da família.

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