A teoria de Maria Montessori enfatiza que, apesar da pouca vivência, o desenvolvimento da criança é também psíquico, tornando-a vulnerável a sofrimentos psicológicos ainda na infância. Esses sofrimentos, se observados precocemente, podem ser tratados, evitando que a criança se torne um adulto com transtornos psicológicos.
Com o avanço da psicanálise, foi possível acessar o inconsciente da criança na primeira infância, revelando sofrimentos que antes eram subestimados. Entre as descobertas, destaca-se o impacto negativo da repressão da atividade espontânea, geralmente causada pela tentativa do adulto de dominar o comportamento da criança. Esse tipo de repressão pode gerar conflitos emocionais que afetam o desenvolvimento saudável da personalidade.
Os conflitos mais simples, como a adaptação ao ambiente, podem ser tratados de maneira mais acessível, pois são mais fáceis de identificar e trazer à consciência. No entanto, os sofrimentos emocionais relacionados à interação entre a criança e o adulto mostraram-se mais profundos e difíceis de curar, exigindo uma atenção maior.
Maria Montessori acreditava no potencial de cada criança e na importância de promover um ambiente onde ela pudesse desenvolver-se de maneira livre e espontânea, respeitando seus instintos naturais e evitando repressões desnecessárias que poderiam causar danos psicológicos duradouros.
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